Comunicação Corporativa para combater o Etarismo no Mercado de Trabalho
No mercado de trabalho, é comum observarmos um conflito de gerações, onde profissionais de diferentes faixas etárias possuem visões de mundo diversas. Os mais jovens trazem o frescor de novas ideias, enquanto os veteranos contam com um repertório mais amplo, fruto de suas experiências. O equilíbrio dessa relação de perspectivas, por vezes conflitantes, pode ser um fator determinante para o sucesso no universo corporativo.
Atualmente, existe um elemento adicional nessa relação de confronto que, muitas vezes, prejudica esse equilíbrio: o etarismo. O etarismo é uma forma de discriminação, preconceito ou tratamento injusto com base na idade, que atinge especialmente os profissionais mais velhos, mesmo quando eles ainda têm muito a contribuir.
O Etarismo e suas Raízes Históricas
O etarismo é uma forma de discriminação tão depreciativa quanto o racismo, a homofobia, a misoginia e a xenofobia. Esse comportamento tem raízes no período pós-Revolução Industrial, por volta do século 19, quando se construiu a ideia de que os idosos eram cidadãos inúteis e improdutivos para o sistema econômico e social, sendo, muitas vezes, vistos como um fardo para a sociedade devido a suas vulnerabilidades e à falta de apoio, recursos e programas financiados pelo Estado.
Essa perspectiva afeta não apenas a cidadania, mas também os aspectos econômicos e psicológicos dessas pessoas. Esse viés depreciatório em relação à idade é observado até mesmo no microcosmo das startups, onde metade delas não possui profissionais mais maduros em seus quadros e, em muitos casos, não apresentam um patamar de contratação de pessoas acima dos 50 anos.
As Diferentes Gerações no Mercado de Trabalho
Antes de aprofundarmos na discussão sobre o etarismo, é importante entender melhor a história das gerações. Cada uma delas é um reflexo do seu tempo e representa as mudanças de comportamento, a forma de pensar e a forma de interagir entre seus pares, bem como no mercado de trabalho. A classificação das gerações é a seguinte:
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Geração Tradicionalista: nascidos até 1946
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Geração Baby Boomer: nascidos entre 1946 e 1964
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Geração X: nascidos entre 1965 e 1981
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Geração Y (Millennials): nascidos entre os anos 80 e início dos anos 90
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Geração Z: nascidos a partir de 2010
Identificando Posturas Etaristas no Ambiente Corporativo
Existem diversas formas de identificar quando uma empresa adota posturas consideradas etaristas. Essas ações podem ser sutis ou abertamente explícitas, e podem ser observadas por meio de:
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Comentários ou insultos relacionados à idade
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Falta de contratação de pessoas mais velhas
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Inexistência de promoções para determinado grupo etário
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Corte de colaboradores acima de 40 anos
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Padrão de contratação e recrutamento de pessoas mais jovens
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Poucas oportunidades de promoção para colaboradores acima de 40 anos
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Pacotes e incentivos para aposentadoria antecipada
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Corte de quadro de colaboradores, sendo a grande maioria acima de 40 anos
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Cultura que reproduz a ideia de que pessoas maduras não podem se encaixar no perfil da empresa
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Assédio, como ser xingado ou outras formas de hostilidade, por parte de colegas e superiores, com base na idade
Os Prejuízos do Etarismo e a Importância da Diversidade Etária
Antes de mais nada, é preciso entender que o etarismo traz muitos prejuízos. A dedicação e a experiência de profissionais mais velhos podem se converter em um custo maior do que contratar um jovem por um salário relativamente menor, mesmo que o etarismo ainda não seja considerado um crime no Brasil.
No entanto, as ações de combate ao etarismo podem encontrar abrigo tanto na Constituição Federal de 1988 quanto no Estatuto do Idoso, que penaliza a discriminação profissional aos que estão neste grupo etário. Promover iniciativas sérias e efetivas para combater o etarismo traz muitos benefícios, como:
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Desenvolvimento de competências
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Estímulo à maturação de jovens talentos
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Fortalecimento da cooperação na equipe
Além disso, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), metade da força de trabalho do Brasil terá mais de 50 anos até 2030, ou seja, um grande contingente de profissionais maduros disponíveis no mercado, um potencial que não pode ser desprezado.
O Papel da Comunicação Corporativa no Combate ao Etarismo
A comunicação corporativa é uma parceira estratégica nesse movimento de ações positivas de combate ao etarismo. Cada setor da empresa pode propor e executar ações que estruturam uma cultura de abraçar as diferenças etárias, afinal, a idade não determina a habilidade.
Algumas ações que a comunicação corporativa pode recomendar e implementar incluem:
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Criação de programas de inclusão que estimulem o uso de linguagem inclusiva e rejeitem as depreciativas
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Realização de eventos abordando o tema do etarismo no mercado de trabalho
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Abertura de espaços para diálogos que valorizem os profissionais mais experientes e ressaltem sua relevância no contexto da empresa
Essas ações têm como objetivo o fortalecimento da marca empregadora, o engajamento dos colaboradores e, consequentemente, a melhoria na reputação da instituição, fatores que aumentam o potencial para atrair e reter talentos profissionais.
Ações positivas que promovam a equidade nas relações são sempre bem-vindas. Deixe nos comentários alguma sugestão ou proposição de ações que possam contribuir para a integração de diferentes gerações no ambiente de trabalho.
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